Livro de Viagens - África - 1
Apanhamos em Paris o voo para Nairobi. A Bet sempre a dormir, eu a ler a viagem vertical do Gonçalo, ao mesmo tempo que leio outra travessia de África, mas no sentido contrário: do Cairo à Cidade do Cabo do Theroux.
Será que se vão encontrar a meio?
Dois grandes viajantes estes. Fizeram a travessia de África sem voar. Só por terra e água, muitas vezes em condições sub-humanas, outras com o risco da própria vida.
Quanto a nós, viajamos num Boeing 787-8 da Kenya Airways, o avião chama-se The Pride of Africa.
Aterrámos tarde e fomos directos para o hotel. Tudo escuro lá fora, quase sem luz eléctrica, hoje não vemos mais nada.
Grande espalhafato de segurança na entrada do hotel, mais para sossegar turistas e com eficácia duvidosa.
Pousei o telemóvel e apitei no detector de metais. O segurança pediu para esvaziar os bolsos. Tinha duas canetas e pousei-as. Não resisti:
“The pen is mightier than the sword.” Disse.
Contrariamente à minha expectativa, o segurança deu uma gargalhada com os dentes grandes e encavalitados e disse:
“Richelieu!”
E é mesmo, pela mão de Bulwer-Lytton. Com esta não contava. Irá ser sempre assim no resto da viagem.
Depois fomos directos ao bar e bebi a minha primeira cerveja Tusker (presa de elefante), que o Hemingway bebia em jejum no sopé do Kilimanjaro.
Será que se vão encontrar a meio?
Dois grandes viajantes estes. Fizeram a travessia de África sem voar. Só por terra e água, muitas vezes em condições sub-humanas, outras com o risco da própria vida.
Quanto a nós, viajamos num Boeing 787-8 da Kenya Airways, o avião chama-se The Pride of Africa.
Aterrámos tarde e fomos directos para o hotel. Tudo escuro lá fora, quase sem luz eléctrica, hoje não vemos mais nada.
Grande espalhafato de segurança na entrada do hotel, mais para sossegar turistas e com eficácia duvidosa.
Pousei o telemóvel e apitei no detector de metais. O segurança pediu para esvaziar os bolsos. Tinha duas canetas e pousei-as. Não resisti:
“The pen is mightier than the sword.” Disse.
Contrariamente à minha expectativa, o segurança deu uma gargalhada com os dentes grandes e encavalitados e disse:
“Richelieu!”
E é mesmo, pela mão de Bulwer-Lytton. Com esta não contava. Irá ser sempre assim no resto da viagem.
Depois fomos directos ao bar e bebi a minha primeira cerveja Tusker (presa de elefante), que o Hemingway bebia em jejum no sopé do Kilimanjaro.