Acordámos às quatro da manhã para o desjejum com um morcego, café e bolachas. Marione não dormiu: um grilo do inferno toda a noite, uma mosca que morreu três vezes, hipopótamos, macacos, toda a África no quarto deles. Nós não ouvimos nada. Caleb, o nosso guia, com aquele sorriso malandro: “vamos tratar do grilo”. Imagino que lhe vá fazer uma proposta irrecusável - ao grilo. Land Cruiser noite cerrada, solavancos e velocidade, não há estrada visível, cinco metros se tanto, muito bom. A meio mudámos para um camião, ainda noite, tudo muito escuro com rostos desconhecidos: “Jalam!” Aqui vamos, Júlio Verne, para a nossa primeira viagem de balão. À frente do camião ainda noite, um chacal, uma manada de vacas Massai e uma zebra, todos rápidos a fugirem das luzes. Chegámos antes do nascer do sol, ao longe os relâmpagos do fogo que enchia os balões ainda deitados de ar quente. Na casa onde esperámos pelo balão vi homens velhos e brancos sentados em cadeirões, Livin...